A poesia na sala de aula

A poesia é a fala do coração. Use-a para aproximar-se do seu aluno e ajudá-lo a desenvolver o gosto e o prazer pela leitura.
A conquista nasce de um carinho, de um toque, de uma palavra certa na hora certa.
Não desperdice oportunidades. Se for preciso, crie, invente... Deixe a imaginação voar livremente.


"Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor ". Madre Teresa de Calcutá.

“Educar é como dirigir em uma estrada cheia de curvas, exige atenção redobrada, pois, à medida que avançamos, um pouco mais nos é revelado". Silvia Trevisani

"Toda mudança começa primeiro em nós".

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

PASSINHOS

 
 
Venha meu amor…
Um, dois, três,
Dê seu primeiro passo…
Você vai conseguir.

É fácil… olhe para frente!
Agora é a sua vez…
Venha para o meu abraço
Um, dois, três…

Assim como o passarinho
Alimenta no biquinho,
Os seus pequenos filhotinhos

A mamãe toda orgulhosa…
Ficará toda prosa
Com seus primeiros passinhos.

de Silvia Trevisani 
 imagem:http://www.google.com.br

domingo, 30 de outubro de 2011

FALAR E ESCREVER BEM

                                                           


Escrever e falar bem não são tarefas fáceis. No entanto, qualquer indivíduo pode escrever corretamente e expressar suas ideias com clareza por meio da fala. Essa prática depende de uma série de competências que são adquiridas individualmente. Vale lembrar que a habilidade de combinar palavras, aliada à capacidade de inventar ou narrar histórias é muito pessoal.
O estudo gramatical é indispensável para a produção de um "bom" texto. Assim, para se escrever "bem", deve-se saber utilizar corretamente os sinais de pontuação, a ortografia, a acentuação, o uso da crase, fazer as concordâncias e regências verbais e nominais, além de se fazer uso dos dois elementos mais importantes: coesão e coerência. Sem estes dois elementos, o texto perde a intenção de comunicação, ou seja, de intercomunicação.
Esse conhecimento não se trata de transformar todos os usuários em exímios escritores e oradores. Trata-se de algo bem mais simples que é escrever e falar de forma adequada, clara, fazendo o receptor entender o que se quis dizer. É simples, mas não é o que vemos e ouvimos. Tanto que causa estranhamento aos olhos e ouvidos um texto relativamente bem escrito ou um discurso mais elaborado.
Nenhum ser humano nasce lendo ou escrevendo, é indispensável ser treinado. Após essa aquisição, necessita o aprimoramento contínuo por meio do ato de ler e escrever. Embora pareça fácil, a maioria das pessoas não fazem isso, ou não o fazem com proveito. Afinal, não bastar ler, é preciso ler "bem". Ler para aprender e internalizar é antes de tudo analisar o texto, observar as construções, o modo como o autor descreve a história e os vocábulos utilizados.
Para BECHARA (2001), o enunciado não se constrói com um amontoado de palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e independência sintática e semântica, recobertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios. Dessa forma, entende-se que não basta escrever diversas frases e se ter um texto, mas é preciso que estas frases sejam coesas e coerentes.
A sociedade exige do profissional, seja ele engenheiro, advogado, jornalista, dentista, analista, contador ou professor, a capacidade de passar para o papel todos os seus estudos, divulgando assim o seu trabalho. Para isso, é preciso alguns conhecimentos específicos da elaboração da redação e, o principal, exige de qualquer um muita leitura. Escrever significa comunicar-se e, todos sabem que, nas empresas e instituições a comunicação se faz, muito mais, por meio da modalidade escrita do que oral.
É importante salientar que a causa do problema de não se fazer uma boa redação não está diretamente ligada ao curso superior, e sim ao ensino fundamental e médio. Contudo, este problema é levado até além da faculdade. A disciplina de língua portuguesa não é encontrada em todos os cursos de graduação, portanto, não tem como sanar este "mal da escrita". Ao final do curso, o que se tem é um profissional incapaz de escrever bem o que aprendeu. Inabilitado de dissertar com segurança gramatical e estrutural a respeito de um tema apresentado.
Numa seleção ou entrevista de emprego, por exemplo, quem terá melhor resultado? Aquele candidato que redigiu o currículo dele com cuidado ou aquele que não teve habilidade para tal? Aquele que sabe se expressar diante do entrevistador ou aquele que vacila na construção da fala?
No cotidiano, notamos a importância de falar e escrever bem, pois, conquista-se o respeito das pessoas, os lugares de destaque na sociedade, a liderança de um grupo, a promoção na empresa. E quanto maior o domínio da escrita e da fala, maior e melhor o nível de conhecimento. O importante é tomar a iniciativa e dar o primeiro passo.

de Silvia Trevisani – Licenciada em Letras e escritora / Campinas SP.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

NUVENZINHA E TEMPORAL

Alfabetização e Letramento
Para se apresentar a história, forma e gêneros, bem como, a importância deste tema na escola e para a formação do leitor, a poesia escolhida para o trabalho foi a de minha autoria que vai transcrita na íntegra. A escolha da referida poesia apontou que um texto pode ser muito mais do que uma simples representação poética, que além de ser uma atividade lúdica, pode ensinar e letrar. 
  
Nuvenzinha e Temporal ( versos livres )

“Nuvenzinha era boazinha e estudiosa.
Temporal era maldoso e preguiçoso.
Nuvenzinha era pequenina e animada.
Temporal era grande e mal-humorado.
Nuvenzinha era doce como o mel.
Temporal irritado e amargo como fel.
A Nuvenzinha mandava chuva de mansinho,
e o Temporal mandava chuva com trovões.
Ela era benção para a lavoura.
Ele varria tudo como a vassoura.
Nuvenzinha tinha muitos amigos,
e Temporal tinha muitos inimigos.
Nuvenzinha perguntou para Temporal:
- Por que você não muda, fica legal e ganha moral?
E ele respondeu:
- Quem então fará o mal?
Ela logo entendeu e nada respondeu.
Temporal até queria ser legal,
porém, enganava-se que era mais legal ser mau.
E assim, Nuvenzinha ficou velhinha sendo boazinha,
e Temporal continuou velhaco fazendo o mal.”

de Silvia Trevisani

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Contadora de história

                                   


                                            


Uma contadora de história que conta até três e começa a falar. 
Ela é um livro ambulante com um coração que bate de verdade.
Tem um olhar diferente que gente pequena gosta de olhar. 
Em cada piscar ela vira uma página
 e encanta criança de qualquer idade.
Nas mãos ela usa uma varinha mágica
que criança consegue ver quando presta atenção.
A contadora se envolve e devolve...
E as histórias criam asas dentro do seu coração.
Sonha outras histórias 
com bruxas, fadas e duendes...
 com a natureza e com os animais.
Canta os cantos das fadas dos Contos de Fadas
 e põe magia na varinha de condão.
Na verdade, ela é uma encantadora de histórias,
brincando de faz de conta no mundo da imaginação.


                                                                      
                                                                             de Silvia Trevisani

Imagens: Teresa Azevedo