A poesia na sala de aula

A poesia é a fala do coração. Use-a para aproximar-se do seu aluno e ajudá-lo a desenvolver o gosto e o prazer pela leitura.
A conquista nasce de um carinho, de um toque, de uma palavra certa na hora certa.
Não desperdice oportunidades. Se for preciso, crie, invente... Deixe a imaginação voar livremente.


"Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor ". Madre Teresa de Calcutá.

“Educar é como dirigir em uma estrada cheia de curvas, exige atenção redobrada, pois, à medida que avançamos, um pouco mais nos é revelado". Silvia Trevisani

"Toda mudança começa primeiro em nós".

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Intertextualidade com "Samba Lelê"

Samba Lelê tá curada,
de cabeça e coração,
Samba Lelê precisava
De carinho e atenção!
Samba Lelê, tá valente
tá com força total,
Samba Lelê precisava saber:
Que toda criança é igual.
Não precisa levar palmadas,
precisa levar um papo legal.
 
Silvia Trevisani

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Pense mais no que vai ensinar!

Falo o que eu penso,
não seguro peso
não fico tenso.
Faço birra como protesto,
e sempre testo,
àquele que quer me testar.
Erro para acertar,
acerto sem ter medo de errar.
Não penso no mal,
só quando me dou mal.
Também não penso em fazer bem,
o bem é bom também.
Mas não penso!
Na verdade,
penso do meu jeito
sem preconceito
sem vaidade.
Nasci vazio,
foram me enchendo
disso e daquilo.
Disso eu aprendi
daquilo eu estou aprendendo.
É de você a educação que recebo.
Se eu der certo, certo!
E se eu der errado?
Posso começar de novo?
Do começo?
E se esse começo for o meu fim?
Pense mais no que vai ensinar para mim!

Sílvia Trevisani

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O MENINO NUNCA MAIS VOLTARÁ

Agora é a hora,
Vamos começar por aqui...
Se todos forem embora
o que será de mim?
Sinto vontade de brincar,
correr até de madrugada
Aos outros parece intrigar,
essa energia acelerada.
Nasci brincando,
pensando em crescer.
E quando me dei conta
tinha que dar conta,
do tempo que se foi por engano,
por baixo dos panos.
Por dentro dos canos,
que a alegria se escondeu,
na brincadeira de pega-pega.
Agora só ficou o pega,
que nega, que escapa.
Corre! Pega àquela criança...
Àquela que pulou o muro.
Pega! Pega àquela criança
que não quer mais voltar.
Ela pulou para o mundo de lá.
O mundo que rala e que cala
a boca do menino.
Ele nunca mais voltará!
SILVIA TREVISANI

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

TRAMANDO VERSOS

"Meus passos são tão pequenos mas já fui tão longe...
esqueci de usar a voz para ecoar as palavras de Deus...
no entanto, escrevi e escrevi, 
hei de perpetuar meu pensamento no varal do mundo, 
hei de caminhar caçando LETRAS
e hei de morrer tramando versos"
SÍLVIA TREVISANI

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

PROCURA-SE

 
Neste dia qualquer
de sol morno no azul do céu.
Que me fantasio de mulher
Sem batom e jogada ao léu.
Vou em busca de um abraço,
apertado, quentinho...
Que me faça um laço,
e fique bem apertadinho.
Não é um abraço de fome,
que se consome em tesão.
Apenas um abraço de homem.
Que tem por dentro um coração.
Ficar com os olhos fechados ...
Escutando o respirar.
dos sentimentos maltratados,
que se fazem curar!
Procura-se um homem,
que só seja homem,
e nada mais!
SILVIA TREVISANI

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

BARBANTE CRU

Sinto-me um rolo de barbante,
forte, mas que tem pouca serventia.
Sou um rolo errante...
procurando alguma travessia.
A cada volta que o barbante dá,
sinto meu brio coçar.
É como atiçar meu pensamento,
e me tornar um barbante diferente.
Sou um barbante bom de nó,
um barbante feito de gente,
gente que funde e que confunde,
faço alguma diferença.
O barbante cru me traduz
o cru que a minha alma produz.
 de SILVIA TREVISANI