A poesia na sala de aula

A poesia é a fala do coração. Use-a para aproximar-se do seu aluno e ajudá-lo a desenvolver o gosto e o prazer pela leitura.
A conquista nasce de um carinho, de um toque, de uma palavra certa na hora certa.
Não desperdice oportunidades. Se for preciso, crie, invente... Deixe a imaginação voar livremente.


"Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor ". Madre Teresa de Calcutá.

“Educar é como dirigir em uma estrada cheia de curvas, exige atenção redobrada, pois, à medida que avançamos, um pouco mais nos é revelado". Silvia Trevisani

"Toda mudança começa primeiro em nós".

terça-feira, 31 de julho de 2012

SOU UMA MULHER

Não sou assim tão frágil,
Não sou assim tão boa.
Sou uma mulher muito ágil,
forte e que ri atoa.
Não sou nenhuma rosa,
não fui feita para adoçar.
Às vezes, sou furiosa...
basta me provocar.
Sou uma mulher,
e preciso ser respeitada.
O resto, faça como quiser...
não preciso de mais nada.
Trabalho para viver...
e isso não me intimida.
O que me faz sofrer,
Entenda: É ser reprimida!
 
de Silvia Trevisani

quinta-feira, 26 de julho de 2012

CORAÇÃO DELICADO

Sabe quando o coração está triste,
precisando de acalento?
É uma dor que resiste,
não se move com o vento.
É uma coisa entravada...
no fundo do coração.
Que precisa ser lavada,
ou então, tirada com a mão.
Coração é delicado,
não aguenta ser machucado,
muito menos perfurado,
assim, sem muita razão.
A tristeza entrou e se acomodou,
como se fosse um passarinho.
Nem que eu bata as minhas asas,
sei que vou voar sozinho.


de Silvia Trevisani

quinta-feira, 19 de julho de 2012

CASA MALUCA

Na casa da Amanda
é uma bagunça,
todo mundo manda!
A menina fica zangada,
faz birra e esperneia
mas ninguém vê
ninguém faz nada.
A casa da Amanda,
fica na beira do rio,
tem gato e cachorro,
pai, mãe,
avó, avô e tio.
Todo mundo fala alto,
é tudo na gritaria,
o avô de Amanda é surdo,
é uma grande baixaria.
A menina corre para o campo
para escapar do barulho,
no campo encontra um canto,
para ler e dar um mergulho.

SILVIA TREVISANI

quarta-feira, 11 de julho de 2012

SONHOS

 SONHOS

 

 

"SONHOS SÃO BORBOLETAS QUE QUANDO VOAM POUSAM NOS OMBROS AMIGOS" 

Silvia Trevisani

A ARTE DE CONTAR HISTÓRIA

A arte de incentivar jovens à boa leitura


Professora Sílvia Trevisani usa a encenação e a contação de histórias para atrair e formar os pequenos leitores


09/07/2012 - 21h17 .
Fabiano Ormaneze   ESPECIAL PARA A AGÊNCIA ANHANGUERA  

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Professora Sílvia Trevisani entretém alunos durante atividade na casa ecológica do Colégio Ave Maria: história leva ao interesse por livros
(Foto: Edu Fortes/AAN)






Com um jeito lúdico, divertido e interativo de retomar a antiga tradição de contar histórias para crianças, a professora Sílvia Trevisani tem conseguido resultados rápidos na tarefa nem tão fácil de cativar e formar leitores no Brasil, principalmente com tantos concorrentes como a televisão e as tecnologias. O trabalho dela, que também é escritora, começou na pós-graduação em psicopedagogia e já foi realizado em várias escolas particulares e organizações não governamentais (ONGs) de Campinas.
Depois de se formar em letras, Sílvia foi cursar a especialização em psicopedagogia na Unidade 4 da Faculdade Anhanguera de Campinas (FAC), onde, agora, já com o curso concluído, leciona na graduação em pedagogia, na área de leitura e produção de textos. “Quando eu estava na pós-graduação, um dos trabalhos que precisei fazer foi desenvolver uma atividade que pudesse ser aplicada a crianças com dificuldades de aprendizagem”, lembra. Sílvia pensou então que, para estimular a leitura, antes, era necessário mostrar que o livro pode ser uma boa opção de entretenimento. “De um modo geral, as pessoas associam a leitura a uma atividade enfadonha, ligada a trabalho e à sala de aula”, afirma. A proposta de contar histórias, misturando um pouco de encenação, chamou a atenção dos colegas de turma, muitos deles já professores, que passaram a convidá-la para se apresentar nas escolas que lecionavam. Daí para frente, não parou mais.
Embora dê aula no Ensino Superior, o trabalho de incentivo à leitura de Sílvia continua focado no Ensino Fundamental. Quando uma escola a convida para contar histórias, ela primeiro faz uma análise da realidade dos alunos. “Assim, procuro escolher um livro que possa interessar e que esteja, de alguma forma, relacionado ao contexto daquelas crianças”, diz. Depois, conversa com a professora responsável pela turma e sugere algumas atividades que possam ser desenvolvidas na sala de aula e já insiram as crianças na história que ouvirão. Pode ser pintura, a leitura de um trecho ou até mesmo uma música.
Na última sexta-feira, Sílvia desenvolveu seu projeto no colégio Ave Maria, no Centro. Ela também é funcionária da escola, mas no setor administrativo, trabalho que já desenvolvia antes mesmo de entrar na graduação, que só teve oportunidade de começar há seis anos. O período de férias continua com uma série de atividades na escola, principalmente, para atender a crianças cujos pais estão trabalhando. No Ave Maria, Sílvia decidiu contar a história Semente da Verdade, um conto do folclore oriental, recontado por vários autores brasileiros.


Ética
Na narrativa, um imperador sem herdeiros está preocupado com quem possa se tornar seu sucessor e decide fazer uma espécie de concurso. Para isso, chama todos os jovens do reino e entrega uma semente para cada um deles. Pede, então, aos candidatos que voltem em um ano, com os vasos que cultivaram. As sementes, no entanto, eram estéreis, mas todos os jovens, com exceção de um, forjaram belos vasos. O rei optou por aquele que foi honesto. “Essa história é interessante para trabalhar com crianças, porque trabalha com valores”, explica Sílvia.
Para que o papo com a garotada não fique chato e cheio de lições de moral, a professora conta a história encenando alguns trechos e solicitando às crianças que deem suas opiniões sobre que rumo a narrativa deve tomar. No caso de sexta-feira, ela pedia, por exemplo, que as crianças ajudassem o rei a decidir qual dos jovens deveria ser escolhido. Como no conto original, a honestidade venceu. Para dar mais dinamismo, Sílvia utilizou vasos de brinquedo e flores para encenar trechos. A atividade foi desenvolvida num lugar bastante propício: uma casa sustentável, feita com reaproveitamento de materiais, tijolos e telhados ambientalmente corretos. No final, a criançada estava curiosa: “Mas toda essa história está no livro?”, perguntou um. “Como o imperador era? Gordo? Magro? Quero saber mais”, pedia outro. A resposta de Sílvia já estava pronta: “Agora, para saber o resto da história e descobrir muito mais coisas, vocês podem ler o livro”.
Sílvia também sempre está com a obra original em mãos e gosta de destacar os nomes dos autores e ilustradores. Escritores como Ruth Rocha, Ziraldo e Ana Maria Machado, assim, vão se tornando conhecidos entre as crianças. “Elas vão entrando no universo da leitura, com aprendizado e como se fosse uma grande brincadeira”, diz.

Fabiano Ormaneze  ESPECIAL PARA A AGÊNCIA ANHANGUERA  

domingo, 8 de julho de 2012

TEU MAR

 
Da janela do teu mar,
onde se pôs a fantasiar
o teu próprio tear,
manuseando tua rede
e o teu pensar.
Também fiquei fantasiando,
para o mar infindo olhando...
querendo entender seu derramar,
e assim, somente abarcar.
Tu vistes peixe, pedra e alga
eu vi nada mais que uma alma,
aflorando, abordando de si mesmo,
estafado, porém, grato...
sentindo a vida transpassar.
Suportou o fio da tua rede,
sobreviveu da sede
e da fome de sonhar!


de Silvia Trevisani

quarta-feira, 4 de julho de 2012

AMO O BRASIL

Por que amo o Brasil?
Perguntaram-me com ironia.
Respondi em tom civil,
e com muita alegria.
Amo o Brasil porque sou brasileira,
Porque nessa terra, nasceram meus filhos,
e aqui foram criados e educados.
Aprendi que ser brasileira não é ser qualquer coisa.
Eu sou brasileira por convicção...
Qual outro País eu amaria se não fosse o Brasil?
Seria o paraíso se não houvesse corrupção,
e defendo essa utopia com o coração.
No entanto, não é desfazendo da minha Pátria,
que vou trazer a solução.
Fazem tantas propagandas das falcatruas,
enquanto tantas maravilhas passam despercebidas.
Tenho muito mais motivos para amar,
do que para criticar.
O imperfeito foi gerado pelo homem.
O perfeito foi instituído por Deus
O ódio é traço do homem...
O amor é a linha de Deus!
Amo o Brasil e todas as suas cores,
Sou brasileira e sofro em meio às dores.
“Sou um pequeno grão de areia”,
Disse Madre Teresa de Calcutá...
Tenho o Brasil na veia.
Então, já somos duas para tentar mudar!

AMO O BRASIL!

de Silvia Trevisani