Sou o ponto
que não tem cor
Sempre pronto
não sinto dor.
Sou um ponto X
no meio do caminho,
debaixo do nariz,
sem respeito
e sem carinho.
Sou calmo e arejado,
não saio do meu lugar.
Mas já fui apedrejado,
para se protestar.
Não tenho salário
e vivo ao seu dispor.
Para o operário,
eu sou um horror.
Sou o ponto cruz
Onde dá o sinal.
Não sou uma luz...
Nem o ponto final.
que não tem cor
Sempre pronto
não sinto dor.
Sou um ponto X
no meio do caminho,
debaixo do nariz,
sem respeito
e sem carinho.
Sou calmo e arejado,
não saio do meu lugar.
Mas já fui apedrejado,
para se protestar.
Não tenho salário
e vivo ao seu dispor.
Para o operário,
eu sou um horror.
Sou o ponto cruz
Onde dá o sinal.
Não sou uma luz...
Nem o ponto final.
de Sílvia Trevisani
2 comentários:
Boa tarde, Silvia. Nossas vidas são assim, pontilhadas... gostei do poema!
Igual nossos sonhos...
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